O BMX, conhecido por muitos também como bicicross, é considerado o caçula do ciclismo. Os primeiros indícios da modalidade aconteceram em 1958, na cidade de Amersfoort, na Países Baixos.
Porém, a popularidade mesmo foi maior na Califórnia, entre as décadas de 60 e 70, com as crianças imitando seus ídolos de Motocross com suas bicicletas, construindo pistas e fazendo corridas informais, contribuindo para o nascimento de um novo esporte.
Desde então, um dos esportes mais radicais da modalidade do ciclismo ganhou visibilidade no mundo todo, surgindo grandes nomes e representantes do esporte.
Veja agora então alguns dos grandes nomes do BMX pelo mundo
Bob Haro (Estados Unidos)
Nascido em Pasadena, cidade da Califórnia, Estados Unidos, Bob Haro iniciou sua carreira ainda como amador, participando de competições de bicicletas em sua escola.
Com o incentivo de seu pai, uma Honda 100, começou a participar de competições de motocross e acumulou mais de 50 troféus na modalidade até o ano de 1975.
A sua trajetória com as bicicletas voltou em 1976, competindo com a bicicleta de seu irmão e apoiado por uma loja de bicicletas de San Diego.
Há quem considere Haro o inventor do estilo. O ex-ciclista foi um dos primeiros inventores no Freestyle, dando a ele muita credibilidade na área, e hoje é fundador e proprietário das Bicicletas Haro.
Mat Hoffman (Estados Unidos)
Esse é nada mais nada menos do que um dos melhores pilotos de rampa vertical da história do BMX.
Mat Hoffman aprendeu a andar de BMX sozinho e participou pela primeira vez em uma competição aos 11 anos de idade. Hoffman não tinha nenhum piloto como referência e sempre pilotava conforme suas habilidades.
Aos 15 anos entrou no circuito de BMX Freestyle, entrando para a história como o mais jovem a conseguir esse feito e sendo contratado pela Haro Bikes para competir. E como se não bastasse, o jovem venceu o primeiro concurso em que participou como profissional.
Hoffman é considerado o responsável por construir o esporte por décadas, dando suporte aos maiores nomes da área, como Dave Mirra, Jay Miron, Kevin Robinson, entre outros.
Dave Mirra (Estados Unidos)
Como o título deste post sugere, esse é mais um dos grandes nomes do BMX. Dave Mirra foi o maior recordista de medalhas de X Games, conseguindo uma medalha a cada evento 1995-2009.
Mirra manteve seu recorde para a maioria das medalhas no Freestyle. O atleta foi patrocinado pela Haros Bikes nos meados de 1990, até o momento em que criou a sua própria marca de bicicletas.
A paixão e a dedicação que Mirra teve pelo esporte ajudou-o a construir uma carreira e uma reputação respeitável dentro da indústria.
Infelizmente, Mirra faleceu em 2016 na sua cidade natal, Greenville, deixando um legado para fãs e admiradores dentro do cenário do BMX.
Renato Rezende (Brasil)
Natural de Minas Gerais, Renato Rezende foi o primeiro ciclista brasileiro a representar o país em uma competição de BMX, e também o primeiro a chegar na fase final do Campeonato Mundial de BMX, finalizando em sexta posição.
Filho de professor de Jiu-jitsu, quando pequeno, Rezende negociou com dois atletas de BMX para que ensinassem a ele o esporte, e em troca seu pai lhes ensinaria artes marciais.
Foi aí então que nasceu a paixão do atleta pelas bikes. Rezende tornou-se profissional quando o BMX passou a ser considerado um esporte olímpico, em 2008, na Olimpíada de Pequim.
Daniel Dhers (Venezuela)
O venezuelano Daniel Dhers começou a sua trajetória com as bicicletas quando tinha apenas 12 anos para se socializar com os seus colegas.
Aos 16 anos, Dhers mudou-se com sua família para Buenos Aires, onde conseguiu ter contato com pilotos mais experientes do que tinha antes, impulsionando o seu progresso para a sua primeira competição em 2003.
Em 2013, Dhers e Abel Zalcberg fundaram o Complexo Esportivo de Ação Daniel Dhers, inaugurado em 3 de maio de 2014 na Carolina do Norte . A instalação de BMX, scooter e skateboarding de 37.000 pés quadrados inclui parques internos e externos.
Dhers ganhou tantos eventos ao longo dos anos, que agora é praticamente impossível dizer que o atleta não ganhará uma medalha sempre que participar de uma competição.
O atleta é patrocinado por empresas como Red Bull, POC, DC Shoes, Specialized, Albe’s Mailorder e Verizon.
Nikita Ducarroz (Suíça)
Nikita Ducarroz, especialista em BMX Freestyle, começou no esporte apenas assistindo vídeos online, pois não tinha nenhuma companhia para praticar o BMX. A atleta participou de sua primeira competição em 2015, apenas 3 anos depois de começar no esporte.
Ducarroz é uma das poucas ciclistas no mundo que consegue fazer um back flip de BMX. Ela ainda é um dos nomes recentes no universo do BMX, mas já está chamando muito a atenção na indústria, graças às vitórias importantes já alcançadas, em especial, na modalidade Park, terminando em segundo lugar na série UCI BMX World Cup.
Hannah Roberts (Estados Unidos)
Hannah Roberts começou a sua história no BMX aos 9 anos de idade, com o apoio e a mentoria de seu primo Brett Banasiewicz, um dos melhores pilotos de BMX nos Estados Unidos.
Em 2017, Roberts competiu em Chengdu, China, no FISE World Series 2017 em Chengdu, China, tornando-se campeã mundial. Já em novembro de 2019, Roberts ganhou seu segundo título mundial de BMX, sendo a primeira americana a se qualificar no BMX freestyle para os Jogos Olímpicos de 2020.
Mariana Pajon (Colombia)
A colombiana Mariana Pajon foi a protagonista das Olimpíadas do Rio, em 2016, onde conquistou sua segunda medalha de ouro no BMX. A sua primeira medalha de ouro foi conquistada em Londres, em 2012.
Além de ser bicampeã olímpica, Mariana tem sido várias vezes campeã mundial, nacional, latino-americana e pan-americana. Pajon também foi nomeada Atleta do Ano em 2011 e a Mulher Colombiana do Esporte em 2008.
Sarah Walker (Nova Zelândia)
Com descendência Maori, Sarah Walker é um dos nomes mais conhecidos do BMX feminino.
A ciclista neozelandesa de BMX já conquistou nove medalhas de ouro no Campeonato Mundial de BMX entre os anos de 2007 e 2015. Além disso, a atleta é medalhista de prata olímpica na prova BMX feminino nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Pequim.
Priscilla Stevaux (Brasil)
Priscilla Stevaux, também conhecida como Priscilla Carnaval, foi a primeira mulher a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2017, a atleta conseguiu chegar, pela primeira vez, na final de uma etapa da Copa do Mundo de BMX, realizada em Santiago, na Argentina, contribuindo para a sua 6º posição no ranking da UCI.
A brasileira também se destaca por diversas outras conquistas, como campeã sul-americana Junior, em 2010, campeã paulista, em 2013, campeã da Copa América, em 2013, 3º lugar no Campeonato Continental, em 2014, e ainda bicampeã brasileira em 2014 e 2015.
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